TERCEIRO DIA

O terceiro dia teve como destino a cidade de Catanduvas SC, a 130 km de Abelardo Luz. Lá fomos nós, saímos às 8:00 h e chegamos às 18:00 h. No trajeto até Xanxerê o pneu da bike do Antonio furou. Nem ele, nem o Osmar tinham bomba de encher, só eu. Advinha, eu vinha na frente e eles ficaram sem recurso. O Antonio pegou carona com uma camionete velha e chegou até uma borracharia em Xanxerê rebocado. Alias, o Osmar tinha uma bomba, mas pagou R$ 3,90, tenta imaginar o que aconteceu com a bomba. Pifou. Na chegada em Xanxerê a recompensa, uma frutaria de beira de estrada com Melancia gelada, a propósito nosso carro de apoio ainda não tinha chego, as mulheres foram no salão arrumar o cabelo... risos...
Depois de cruzar o centro de Xanxerê, chegamos à rodovia Br 282, ai foi só pedalar, bom acostamento, maior parte plano e subidas leves, até o trevo de Irani. Chegando em Catanduvas pegamos uma serra de uns 8 Km. Para suportar a dor no Joelho direto eu estava a base de Dorflex e antiflamatório, nada grave só dores normais de pedalada. Depois do trevo da Transbrasiliana, se não me engano chamado de trevo de Irani, a surpresa do dia. A Polícia Federal Rodoviária nos parou. Começaram a analisar as bicicletas alegando que faltavam alguns equipamentos nas bikes, como refletores, espelho, etc.. Puxa vida, já sabíamos que faltava mesmo. Os guardas queriam que fossemos comprar os equipamentos e seguir viagem. Que situação. Enquanto o policial foi falar com o superior dele, eu, o Antonio e o Osmar criamos estratégias para que eles nos liberassem.  No final das contas sobrou um puxão de orelha e continuamos a viagem. Só depois o Antonio anunciou que conhecia um dos policiais. O susto valeu, foi só risada e prosseguimos viagem, com "segurança".
No mais, neste dia constatamos um defeito no trocador traseiro da bike do Osmar, acho que está na garantia, né Veloso? Outra surpresa foi a altitude que chegamos, a foto não nega, desde Cascavel só subimos, chegando a  1.100 metros. Cascavel está a 700 metros de altitude. Pegamos um subidão que foi de arder a alma, pra não dizer outra coisa. A noite fomos jantar em Joaçaba, comer um macarrão da nona, com frango caipira feito pelo Wilson Sartori e Monica, amigo do Antonio. O Osmar só falava do tal macarrão, alias, ele comeu muito mesmo.